Consciência Negra
Momentos de reflexão e atividades culturais marcam a Semana da Consciência Negra no Campus
Em comemoração à Semana da Consciência Negra, o Neabi - Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas, do Campus Pouso Alegre promoveu um encontro com servidores e atividades culturais para os estudantes. Outras ações como palestras e envio de mensagens aos alunos foram realizadas ao longo do ano.
Na quarta-feira, 22, houve um momento de reflexão com os servidores, um diálogo em torno do tema: como construir uma escola antirracista. “Precisamos debater o que temos que melhorar na nossa atuação enquanto servidores para que possamos atender melhor a nossa comunidade que é cada vez mais diversa”, explicou Brenda Tarcísio da Silva, membro titular do Neabi.
Para o professor de Artes Emerson Simões há que “se questionar até que ponto a nossa educação está sendo inclusiva, se realmente está sendo uma educação antirracista, anticapacitista, anti-homofóbica, uma educação que valorize a diversidade e que o respeito às diversidades seja uma realidade no nosso Campus. Outro ponto a se pensar é nas nossas práticas independente de sermos ou não negros e negras. A luta por uma educação antirracista é de todos”.
"Essas mudanças vêm primeiro desse processo de conseguirmos olhar para isso, independente de sermos pessoas negras ou não.Apesar da população ser de pretos e pardos, isso ainda não se reflete no dia a dia da nossa instituição. Precisamos pensar em ações de gestão de pessoas, de políticas internas para que essa miscigenação aconteça de fato e para que essas pessoas estejam representadas em todas as instâncias da nossa instituição", disse o professor Johnny Cesar dos Santos.
Brenda lembrou da escritora Bárbara Carneiro que fala em seu livro ‘Como ser um educador antirracista’, da importância de fazer esse trabalho de letrar e empoderar os alunos, fazer o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena conforme previsto em lei, mas não adianta de nada fazer tudo isso em sala de aula e, no dia a dia, “a abordagem com os nossos alunos ou uma pessoa externa ser uma abordagem racista. As nossas ações reverberam no outro e podem trazer consequências que potencializam esse letramento, esse empoderamento que está acontecendo em sala de aula ou jogam tudo por terra".
Na tarde do dia 23, a comunidade interna foi agraciada com diversas atividades artísticas. Apresentaram-se os alunos do Grupo Musicalidades e Poéticas do Corpo; o Coletivo de Música AfroIf do IFSP – Campus Hortolândia e o grupo de Capoeira Nagô.
Assessoria de Comunicação
IFSULDEMINAS – Campus Pouso Alegre